Análises realizadas durante todo este ano nas águas subterrâneas da região de Caetité (BA) comprovam que o nível de concentração de urânio está abaixo do estabelecido por órgãos federais para o consumo humano. O resultado demonstra que as atividades da unidade de mineração e beneficiamento de urânio da INB no município não contribuíram para o aumento dos níveis de urânio nos mananciais.
Na Fazenda Mangabeira, que fica a 700 metros da mina de urânio, foi registrado o menor índice: 0,0010 mg/L. O maior foi na Fazenda Quessengue, de 0,0071 mg/L. A concentração nos dois pontos está bem abaixo do limite estabelecido pelo Ministério da Saúde (0,03 mg/L) e pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (0,015 mg/L) para consumo humano. Também é inferior ao aceito pelo CONAMA para a concentração de urânio em águas para outros usos, como consumo de animais, que é de 0,20 mg/L.
A monitoração das águas subterrâneas nas áreas próximas à INB Caetité teve início em 1990, antes do começo das atividades de mineração, o que aconteceu em 1999. Amostras de água são coletadas constantemente em poços situados nas fazendas Gameleira, Mangabeira, Lajedo e Quessengue, e nos distritos de Juazeiro e São Timóteo.
No gráfico, estão os valores encontrados este ano em cada local de coleta, além da distância entre esses pontos e a mina de urânio. A linha verde indica o limite de urânio em águas para consumo humano estabelecido pelo Ministério da Saúde, e a vermelha, pelo CONAMA.