Recente
pesquisa divulgada pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico
em Saúde (Fiotec) comprova que as atividades da INB não provocam danos à saúde
da população de Caetité/BA, onde a empresa mantém unidade de exploração de
urânio.
A Fiotec pesquisou o número de mortes provocadas por câncer no Estado da
Bahia e comparou com os números apresentados nas regiões próximas à Unidade de
Concentrado de Urânio da INB (URA). Ficou provado que não há diferença entre o
número de casos registrados nas regiões de Caetité e Lagoa Real em comparação
com os casos registrados em todo o Estado.
Para a realização
do estudo, intitulado “Estudo Epidemiológico de Morbi-mortalidade Relativo à
Eventual Ocorrência de Patologias Relacionadas a Danos Genéticos e Neoplasias
Malignas na Área de Influência da URA”, foram utilizados casos registrados entre
os anos de 1995 e 2005, ou seja, desde antes do início das atividades da
unidade. Em todas as comparações apresentadas na pesquisa, os números de casos
da região próxima à unidade da INB estão abaixo dos níveis encontrados em todo o
Estado.
Em 1995, na Bahia,
o número de casos correspondeu a 7,4% de toda a população do Estado, enquanto
que na região de Caetité e Lagoa Real foi de 6,5%. Em 2000, na Bahia o número
chegou a 7,95%, e na região da URA, a 6,88%. Em 2005, o número registrado no
Estado foi de 9,45% da população, enquanto que o número de casos confirmados nos
dois municípios foi de 6,6% da população.
O estudo, que ainda
não foi concluído, foi recomendado pelo IBAMA. Segundo o instituto, os
resultados da pesquisa servem para garantir que moradores, autoridades locais e
os órgãos nacionais e internacionais que fiscalizam a unidade, assim como a
própria INB, tenham informações seguras, com base científica, sobre a saúde da
população local. O estudo pretende colher e analisar, durante os próximos quatro
anos, informações sobre as causas das doenças e as condições de saúde da
população.