O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, visitou nesta sexta-feira (11) as instalações da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ). Recepcionado pelo presidente da empresa, Alfredo Tranjan Filho, o ministro se mostrou impressionado com a tecnologia utilizada pela INB. “Hoje vi que o Brasil não está copiando tecnologia, está inovando. A INB tem pessoal altamente qualificado e o papel que a empresa desempenha é muito importante para a projeção estratégica nuclear do país no mundo”.
O ministro, que em 1988 visitou a INB como diretor geral do INPE, afirmou também que pretende estreitar ainda mais os laços com a empresa. “A sociedade brasileira precisa ter conhecimento de que a energia nuclear é a mais limpa que existe. O MCTI pretende trabalhar para o maior desenvolvimento desta energia no país”.
Ao apresentar as atividades da empresa ao ministro, o presidente da INB apresentou o panorama nuclear no Brasil e no mundo. Ele ressaltou que a parceria entre a Marinha e a INB é importante para que a empresa consiga atingir à demanda de combustível nuclear no país, e que a capacidade atual de enriquecimento de urânio da INB atende a 14% das necessidades da usina de Angra 1. Além disso, Tranjan falou sobre a parceria entre a INB e a empresa Galvani na exploração da mina de Santa Quitéria (CE), onde o urânio é associado ao fosfato. “A presença do ministro na INB demonstra a percepção da importância da empresa para o MCTI e para o país. Ele demonstrou querer manter uma relação muito próxima com a empresa”.
Durante a visita do ministro à FCN - que contou com a presença do presidente da CNEN, Angelo Padilha, além de membros do corpo técnico da INB - o diretor Técnico do Enriquecimento da INB, Humberto Ruivo, destacou que apenas dez países no mundo detêm a tecnologia de enriquecimento de urânio e que o Brasil está entre eles. Ao diretor de Produção do Combustível Nuclear da INB, Samuel Fayad Filho, coube falar sobre o projeto para a possível instalação de uma Fábrica de Conversão em Resende e ainda sobre o aumento da demanda de combustível nuclear em função da conclusão de Angra 3. O diretor de Finanças e Administração da INB, Athayde Martins, também acompanhou a reunião.